(…) O binómio constituído pelo fotógrafo Bruno silva e compositor Veredas, vivendo o jardim São Lázaro situado no Porto, por mais de um ano inteiro de forma transversal.
Omnipresentes, observaram e recolheram os hábitos deste lugar; flora, fauna e humanidade, com horário de abertura. Saíram das suas quatro paredes para entrarem num universo de quatro portas. Lá dentro 12 camélias. Árvores que desenham no chão com ajuda da luz solar, as linhas deixadas pelos ramos repletas de pássaros, e este ano coroado de tulipas amarelas e retratos enigmáticos. (…)

Veredas nasceu na Venezuela em 1979. Licenciado em Sociologia. Aos 15 anos fez parte de bandas, passando pelo anarco-punk com os Insubmissão e os Acratas. Participou num projeto de rock instrumental desenvolvendo performances e música para teatro. Emigrou para a Alemanha, Holanda , UK e Espanha durante 12 anos. Começou a tocar a solo com sintetizadores no pátio da catedral de Kevelaer. Fez em 2021 uma performance no Hotelier com imagens de Nelson Miranda, trabalho sobre a eira. Em 2022 deu um concerto na Cru e uma performance no Adorna, com um filme do Michael Ackerman, sobre Varanasi, que os dois visitaram.

Bruno Silva nasce em 1983 no Porto, utiliza a fotografia como veículo narrativo em projetos na área documental tendo especial interesse pelo território e a memória. Em 2017 recebeu a Bolsa Emergente Fotografia Documental I.P.C.I que lhe permitiu frequentar o Master em Fotografia Artística no I.P.C.I. Em 2018 fez parte do Festival Encontros da Imagem Braga 2018 e no mesmo ano venceu a bolsa Estação Imagem Coimbra.
Em 2020 fez parte da programação do PhotoAlicante selecionado para o Festival Circulations, Paris. Em 2021 foi um dos vencedores do Urbanautica Institute Awards. É representado pelo Adorna.