Orion, o mais recente projeto de Fábio Miguel Roque é uma jornada pessoal e profunda através dos últimos meses do artista e tudo o que isso implica. Tal como construir uma nova constelação, Orion está conectado com seu o trabalho anterior – Everything Lay Still. É visto como uma continuação do mesmo corpo de trabalho viajando do passado para o presente, e abraçando o futuro.

Neste projeto, ele trabalha com uma clara dualidade entre ele mesmo (como parte de um território interior) e todo o mundo exterior. Lidando com a morte, a perda, a vida e o amor.

As estrelas têm sido desde tempos antigos um ponto de orientação, e nesta série, Roque usa essa noção como uma forma para se guiar. Sempre se lembrando de olhar para cima ao abordar a vida.

Por outro lado, o artista trabalhou em torno do mito grego de Órion. Este caçador gigante ficou cego e pelo poder de Helios – o Deus do Sol, recuperou sua visão. Orion, afirmou que mataria todos os animais do mundo, mas Gaia – a deusa da Terra – irritada com suas alegações, enviou um escorpião para matá-lo. Após a morte de Órion, Zeus transformou-o numa constelação com seus dois cães (Canis Minor e Canis Major), juntamente com o escorpião, que o assassinou.

Ainda em relação ao mito de Orion e fazendo uma analogia entre esta criatura e o Fotógrafo (um caçador de imagens); e a cegueira/cura através da luz.