O trabalho de um fotógrafo é, literalmente, olhar.

Mas o que é que acontece quando esta capacidade de ver e processar o mundo exterior é cortada, quer física quer psicologicamente?
Nos últimos dois anos, fomos forçados pela pandemia a entrar nos espaços interiores das nossas casas, incapazes de nos envolvermos no mundo social mais vasto. Mas há também gaiolas mentais onde a compreensão do mundo exterior é obscurecida e incapaz de se concentrar.

Esta série de imagens representa fotograficamente esse estado de espírito. O nosso sentido do mundo é cego e confuso. Existem padrões de luz e escuridão, mas será que esses padrões fazem sentido? Sombras e clarões de luz atravessam o nosso ecrã mental enquanto tentamos traduzir essas imagens para um estado de espírito coerente.

Capturadas com uma câmera Polaroid SX-70 em filme instantâneo, estas imagens criam uma exploração imediata do caos interno sentido quando as persianas são fechadas.

Rico Schwartzberg é fotógrafo editorial e de belas artes, videógrafo e animador. Originalmente da cidade de Nova Iorque vive agora no Porto. Nascido em Brooklyn, NY, mudou-se para São Francisco para se formar em Etnomusicologia na UC Berkeley
As suas fotografias são visíveis em diversas publicações internacionais como Surface, Vivabeleza, Zink, Essence & SOMA e em peças publicitárias para clientes como Sony Music, Bergdorf Goodman, Neiman Marcus, Levi Strauss & Co., Gaggenau e The Gap.
Lecionou fotografia de moda editorial e Photoshop avançado na Academia de Arte da Universidade de São Francisco, CA, EUA.

Exposição patente de 24 de setembro a 6 de novembro 2022
Curadoria de Estefânia R. de Almeida.