Após a perda da mãe, a artista experiencia a interrupção da sua própria linha do tempo enquanto tem que cumprir o seu próprio papel de mãe. Nesse sentido, a maternidade no universo de Dede não está ligada apenas ao calor e à alegria, mas ao frio e às superfícies de gelo que precisam suportar a pressão de um mundo sobreaquecido.
‘Mayflies’ dramatiza o processo criativo do luto. Por meio de múltiplas mutações quirográficas das imagens, a experiência da perda em camadas entrelaçadas é representada ao longo da obra. Rostos e corpos perdidos nas sombras entre o consciente e o subconsciente na
tentativa de se deixarem inertes.

Dimitra Dede (nascida na Grécia), baseada em Londres, trabalha principalmente com fotografia. A sua prática combina pintura e o uso de químicos com a fotografia. As suas imagens são um processo intuitivo. O seu trabalho foi apresentado em galerias e festivais na Europa e nos EUA, como o Center for Fine Art Photography – Fort Collins, Black Box Gallery – Portland, Brighton Photo Biennial, Les Rencontres d’Arles, Obscura Festival – George Town, Unseen Festival Amsterdam, o Museu Benaki – Atenas, Belfast Photo Festival, Athens Photo Festival e muito mais.

‘Mayflies’ foi finalista do Author Book Award no The Rencontres d’Arles Book Awards 2020. Foi selecionado como um dos melhores photobooks de 2019 pelo diretor da La Maison Europeene de la Photographie, Simon Baker e foi finalista do Unseen Dummy Award 2018, no Unseen Festival Amsterdam.